Quando falamos em cadeia de suprimentos no mercado fotovoltaico, a primeira coisa que vem à mente é a sequência de aquisições, sejam elas nacionais ou internacionais. É certo que uma sequência de aquisições deve ser realizada para a construção de uma usina fotovoltaica, porém, na realidade, ela inicia bem antes de qualquer compra.
Por que fazer um cronograma?
Um prazo de construção otimizado é um grande diferencial competitivo dentro do mercado fotovoltaico. Quanto antes iniciar a operação da usina, melhor o payback do projeto, e, para que isso aconteça, é de suma importância que seja realizado um planejamento assertivo através de um cronograma detalhado como base para o sucesso do empreendimento.
Com um cronograma minucioso, com todas as etapas do empreendimento definidas, desde o projeto até a execução de cada uma das etapas de construção, o caminho a ser percorrido ficará mais claro, controlável e quaisquer imprevistos futuros poderão ser mapeados e monitorados à frente.
O que acompanhar em um cronograma de usina fotovoltaica?
Acompanhamentos que fazem parte de um cronograma detalhado para a construção de uma usina fotovoltaica:
- Entrega dos projetos elétricos, civis, eletromecânicos e de sistemas especiais (incêndio e Circuito Fechado de TV – CFTV);
- Datas marco;
- Prazos de entrega de materiais e equipamentos;
- Prazos de execução;
- Comissionamento da usina fotovoltaica (UFV), dentre outros.
O detalhamento do projeto executivo é primordial, pois quanto mais detalhado “no papel”, mais fácil detectar visualmente possíveis interferências que venham a ocorrer em campo e, com isso, a solicitação de compra de materiais torna-se mais assertiva.
O que é a Curva ABC?
De maneira geral, a Curva ABC nada mais é do que uma ferramenta gerencial. Ela classifica as informações ao separar os itens de maior importância ou impacto. Dessa maneira, a Curva ABC auxilia na administração de custos.
Quando a Curva ABC é aplicada na gestão de uma empresa, ela permite ao gestor dedicar-se de forma mais direcionada às suas atividades. Com isso, a Curva ABC cria a possibilidade de gerar mais lucratividade, melhorar o relacionamento com clientes e utilizar de maneira mais consciente o dinheiro da empresa.
- Classe A: Itens que possuem um valor de demanda ou consumo alto;
- Classe B: Itens que possuem um valor de demanda ou consumo intermediário;
- Classe C: Itens que possuem um valor de demanda ou consumo baixo.
Exemplo prático da Curva ABC na cadeia de suprimentos fotovoltaicos
A decisão de adquirir um kit gerador já nacionalizado ou um kit a ser importado deve levar em consideração não só os custos e riscos financeiros envolvidos, mas também o prazo de entrega a fim de otimizar o cronograma de investimentos.
Além do kit gerador, de modo geral os itens de curva A do empreendimento (como cabine de entrada, transformadores, quadros gerais de baixa tensão, cabos de corrente alternada e contínua) são os que possuem prazos de fabricação e entrega mais longos e podem facilmente, assim, acarretar atrasos no projeto quando não são bem administrados.
O que é o caminho crítico do empreendimento?
O caminho crítico na gestão de projetos é a sequência mais longa de atividades que devem ser concluídas a tempo para que o projeto inteiro seja finalizado. Quaisquer atrasos em tarefas críticas comprometerão o restante do projeto.
Não por acaso, o caminho crítico do empreendimento fotovoltaico, na grande maioria das vezes, atravessa a cadeia de suprimentos, tendo em vista que os prazos de fabricação podem chegar a 150 dias. Por isso, é de suma importância que seja feita não só uma boa negociação comercial na tratativa com os fornecedores como também um acompanhamento constante de todo o processo de fabricação.
Através de visitas in loco, reuniões de acompanhamento e relatórios fotográficos, o acompanhamento do processo de fabricação é o modo mais seguro para que o prazo final de entrega do equipamento na obra seja garantido. E, caso haja qualquer imprevisto, ainda assim, haverá tempo hábil para encontrar uma solução e dirimir quaisquer impactos na data final.
Escolha de fornecedores, compras e prazos
Hoje em dia, temos fornecedores que trabalham com equipamentos e materiais críticos a pronta entrega no mercado, porém são materiais padronizados, que não oferecem ao cliente final ou ao instalador a chance de otimizar o empreendimento através de uma reengenharia. Contudo, não deixam de ser uma opção para atender prazos curtos de execução.
A compra concentrada dos materiais necessários, além de trazer ao comprador um poder de negociação maior, otimiza o tempo investido neste processo. Desta forma é possível, inclusive, proporcionar ao time de execução de obras um melhor gerenciamento das frentes de trabalho, pois com os materiais em mãos é possível remanejá-las se necessário. Mas isso, é claro, não esquecendo de preservar o fluxo de caixa do empreendimento, para que este seja saudável tanto para o cliente quanto para o executor.
Apesar dos materiais de instalação elétrica e civil de modo geral não terem um prazo tão longo de fabricação e serem mais fáceis de se encontrar a pronta entrega, é sempre bom reforçar que o planejamento destas aquisições tem uma grande importância no sucesso do empreendimento.
Conclusão
A cadeia de suprimentos no mercado fotovoltaico, se bem administrada, envolve um equilíbrio entre as necessidades do empreendimento, um bom planejamento e um acompanhamento minucioso em cada etapa de execução. Com essa balança em equilíbrio, o sucesso é garantido para todos os envolvidos.
Quer garantir o sucesso do seu projeto fotovoltaico? Um cronograma detalhado é essencial para manter sua cadeia de suprimentos eficiente e dentro do prazo. Entre em contato com a TTS Energia e descubra como podemos ajudar a planejar e executar cada etapa do seu empreendimento com precisão e confiança.
Autora: Ana Meirelles - Coordenadora de Suprimentos na TTS Energia